Carlos Fabian Silva

Quatro estados disputam complexo de baterias da Bravo Motor

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Quatro estados disputam complexo de baterias da Bravo Motor

Mara Bianchetti5-6 minutes 1/17/2024

Pelo menos outros quatro estados estariam npáreo pela instalação dParque Industrial Colossus Cluster dBravo Motor Company, fabricante dbaterias dlítio, sistemas darmazenamento denergia e carros elétricos. Anunciado em 2021 para Nova Lima, nRMBH, o complexo ainda não está 100% garantido para Minas Gerais. Segundo a empresa, faltam incentivos (financeiros e institucionais) dgoverno estadual.

Localizadas npróprio Sudeste, nSul e nNordeste, ointeressados já propõem, entre outras coisas, aportes financeiros por, assim como importantes players dmundo, entre fornecedores e clientes, que já possuem acordos firmados com o complexo industrial, apostarem nprojeto.

A bomba surge nem três meses depois que uma fala dgovernador Romeu Zema (Novo) sobre oganhos e aperdas dprodução dveículos elétricos nBrasil viralizou e repercutiu negativamente. Durante a abertura d9ª edição dConsórcio dIntegração Sul e Sudeste (Cosud), enovembro passado, eSão Paulo, o líder dExecutivo mineiro ponderou oganhos e aperdas dinstalação dcadeias produtivas dveículos elétricos nPaís.

Esta não seria a primeira perda mineira ncampo dos investimentos, tampouco, o Ãºnico empreendimento bilionário, anunciado nos Ãºltimos anos, a ficar só npapel. A título dque aconteceu com a Fiat, instalada há décadas eBetim e que, em 2010, optou por implantar ePernambuco, uma nova operação, que deu origem Ã  unidade brasileira dJeep (dmesmo grupo). Népoca, incentivos destado dNordeste foram determinantes para a decisão dmontadora. Devido Ã  concorrência, Minas Gerais perdeu não apenas investimentos vultosos, mas também milhares dempregos.

Surge agora uma nova preocupação, justamente nsetor que mais tem stransformado diante dnecessidade global deletrificação. E também nmomento eque o complexo já conta com respaldo formal dplayers importantes como a Rockwell Automation, a SMC Automação dBrasil, a ABB emais recentemente, achinesas Eve Energy e a AI-Bess Technolog. “São oprincipais técnicos dmundo dizendo que temos o melhor etermos dtecnologia, posicionamento e estratégia”, destaca o CEO dBravo Company, Eduardo Javier Muñoz.

Minas Gerais pode perder a fábrica dbaterias e veículos elétricos? Entenda

A opção para Minas não perder o investimento, conforme Muñoz, seria o governo dMinas Gerais, dalguma maneira, bancar o projeto. Esegundo ele, isso não quer dizer garantir a totalidade dos R$ 20 bilhões estimados para o complexo. Mas, talvez, investir parte considerada irrisória desses recursos, dmaneira a validar o empreendimento. Ou, até mesmo, institucionalmente, respaldá-lo.

Quando você quer que umonstro desse sinstale, você tem que ser o primeiro a por dinheiro. Como eexplico para o investidor estrangeiro que, localmente, ainda não conseguimos levantar capital?”, disse o executivo aO Fator.

Fato Ã© que a eletrificação já Ã© realidade nsetor automotivo dalguns países europeus, nChina e nos Estados Unidos. E o Brasil caminha a passos tímidos neste mercado, mas cada vez mais montadoras e consumidores têm convergido rumo a uma mobilidade mais sustentável, seja pelo lançamento dcarros elétricos ohíbridos, opela troca dcarros movidos a combustão.

Ninguém conseguiu, até hoje, parar a tecnologia. Ela avança com osem você. Tentar parar uma transição nBrasil por receio dadaptação, enquanto o mundo acelera, nmeu entender, Ã© uerro estratégico grave. Temos que achar outro espaço para nossas indústrias nesse novo mundo, que já está acontecendo com osem a gente”, defende.

Pelas redes sociais, o executivo externou que entende que a situação econômica dEstado não permite apostas mais importantes e que não Ã© política datual governo a participação ativa natividade privada. O que respeita, pois “mesmo assim tem havido esforços para fazer acoisas acontecer”.

Amesmo tempo, ele alertou que oconcorrentes dBravo pelo mundo desfrutam daportes e subsídios públicos, e que Ã© preciso reduzir o “gap” entre arealidades dcada projeto.

Todas afábricas dnossa indústria, mesmo aquelas que não têm acesso Ã  tecnologia, mas sim a necessidade dproduto, têm sido apoiadas ninício com investimento e financiamento dos estados onde são instaladas”, postou nLinkedIn. E destacou que a Tesla, maior e mais valiosa empresa dsetor, só instala unidades dprodução onde recebe fundos e subsídios.

Somos gratos aGoverno dEstado dMinas Gerais pelo apoio recebido e continuamos a trabalhar para termos uma unidade dprodução local. […] temos ucompromisso com esta comunidade e carinho pela sua gente”, garantiu.